É de elevada moral
dizer que pessoas mais velhas devem ser honradas e respeitadas. Existe a falácia
de que sabedoria aparece conforme os anos vão passando. Que os anos vividos resultam
em aprendizado, em equilíbrio psicológico.
Como diria um personagem humorístico:
- Nem sempre, mestre... Nem sempre!
É verdadeiro dizer, no entanto, que mesmo na velhice podemos
ser ativos e producentes, produtores práticos e lúcidos.
Envelhescência, mesmo estando ausente da maioria dos dicionários
da Língua Portuguesa, evoca significados de toda uma vida.
Desde quando a filósofa francesa Simone de Beauvoir, lançou seu
livro ”A velhice: realidade incômoda”, escrito em 1976, a forma de tratamento
da velhice passou a ser questionada.
O aumento da expectativa de vida do brasileiro em 1950 era de
33 anos, mas no ano 2000 passou a ser 78 anos. Estima-se que, com o acúmulo de
recursos de saúde, até 2036 essa expectativa terá evoluindo para os 120 anos de
vida.
No início do Século XIX a esperança de vida, na Europa
Ocidental, estava em torno dos 33 anos.
Em 2021, no Brasil, a esperança de vida era de 73,6 anos para
os homens e de 80,5 anos para as
mulheres. Segundo o IBGE, em apenas 10 anos a população brasileira ganhou 2,4
anos de vida a mais.
O IBGE indica, no Censo de 2022, que pessoas centenárias
cresceu em 67% diante do levantamento de 2010. No Brasil 600 mil pessoas têm
mais de 90 anos de idade. E o número de idosos com 100 anos ou mais deu um
salto: de 22,7 mil, em 2010, passou para 37,8 mil em 2022!
Em 2023, o Brasil tinha 15,1% de pessoas com idade igual ou
maior do que 60 anos. Até o ano de 2050 o número brasileiros sexagenários crescerá
de 31 milhões para 60 milhões.
A longevidade ainda é um penoso desafio. Mas, com o avanço das ciências biológicas, não existem mais reféns da cronologia. A verdade deste enunciado pode ser constatada quando vemos um idoso de 80 anos desempenhando tarefas de pessoas dezenas de anos mais jovens.